domingo, 18 de julho de 2010

ADMINISTRANDO UM CLUBE: QUAL A MELHOR FORMA?

Existe a necessidade de uma profissionalização, os clubes de futebol começam a estudar uma melhor maneira de se administrar seus departamentos. Devido à falta de competência e outros diversos motivos, os clubes brasileiros em sua maioria ainda não conseguiu a forma ideal para seguir sua administração. Apesar de muitas tentativas, a maioria acabou frustrada. Mesmo assim devem ser comentadas e aperfeiçoadas para novas e futuras tentativas.
Aonde entra o marketing? Na imagem que o clube irá passar para o mercado ao se reorganizar administrativamente valorizando sua marca na busca de novos patrocinadores e perante sua torcida.

As principais formas que podem ser usadas no mercado esportivo são:

Parceria - É como gestão, visa principalmente administrar e explorar a marca do clube, antecipando receitas de marketing e de despesas administrativas. Em troca, lucros obtidos com patrocínio e negociação de contratos de TV são divididos de forma igual. Uma pena que as parcerias do Bahia com o Opportunity ( que obteve também o direito de controlar a bilheteria) e a do Corinthians com a MSI (que separou o futebol do restante do Clube atuando como uma empresa) não tenham ido adiante e se tornaram grandes “micos” desse modelo;
Co-Gestão - É um modelo que em muitos casos não interfere no estatuto do clube. É feito como uma parceria, sendo estruturando uma equipe específica para a gestão de assuntos relacionados ao departamento, que no caso é o futebol. A equipe é composta por um diretor que desenha o organograma com a definição clara das responsabilidades de cada parte e fortalece a marca da empresa junto ao grande público. O grande exemplo de co-gestão é o do Palmeiras junto com a Parmalat. A empresa queria fortalecer sua marca junto ao público brasileiro se aliou ao clube, e começaram a participar em conjunto de tomadas de decisão no departamento de futebol (contratações, administração, etc.) onde além de investir, a empresa divide os lucros com o clube. Em um caso parecido, houve investimento na região sul (Juventude) e no nordeste (Santa Cruz) de uma forma mais modesta.
Clube-Empresa – Nada mais é do que o clube responder por suas ações e recolher impostos, como uma empresa qualquer o faz. Essa transformação sofre uma grande resistência dos dirigentes da maioria dos grandes clubes. Alguns clubes divergem sobre tornar-se empresa, pois a empresa visa apenas o lucro e o grande clube visa títulos, conquistas e formação de grandes jogadores. Outros apontam principais detalhes, pois um clube empresa tem redução de impostos, maior variedade de produtos, diminuição da concorrência, exige a contratação de profissionais, aumento da parceria com empresas internacionais, maior captação de receitas com um conseqüente aumento da torcida e apontam também as principais prevenções: O licenciamento de produtos deve ser feito com empresas devidamente legalizadas (com CNPJ e regularizadas nas leis federais, estaduais e municipais), obtenção de profissionais oriundos da área de marketing, solicitar ao jurídico que sempre acompanhem as negociações e transparência nas negociações com os clientes internos e externos do clube. Os maiores exemplos de clube-empresa no Brasil são o Vitória (BA), São Caetano (SP) e o Santo André (SP).
Gestão Esportiva Profissional– De acordo com a cultura de nosso país, essa é a ideal para os grandes clubes de futebol. Esse modelo baseia-se no fato de os clubes serem administrados como empresa, só que com os benefícios de um clube, muito parecido com o adotado na Espanha, Real Madrid e Barcelona não são empresas, mas possuem um grande profissionalismo em suas ações. Alguns dirigentes afirmam que a gestão esportiva profissional aliada com a “timemania”, irá capacitar melhor os grandes clubes, mostrando que está na hora de o governo ajudar mais os clubes e os permitir agir como empresa.

Qualquer que seja o modelo adotado é preciso que se tenha uma mudança de atitudes dos nossos dirigentes. Os grandes clubes não podem mais ser administrados como um hobby ou como um “playground” dos dirigentes. Já está mais do que na hora de se rever esse arcaico e já desnecessário amadorismo e agir e pensar como empresa.

Fica no ar as seguinte pergunta:

1) Falta vontade ou capacidade para agir?


Uma ótima semana para todos!!!!

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